sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quisera

Quisera
escrever sempre contente
belos versos, bons repentes
que abrandassem toda a mente
que pudessem alcançar

Quisera
só jogar boa semente
só bom verso consciente
para a terra germinar

Quisera
só de flores ter escala
que bons odores exalam
bons princípios, bom trinar

Quisera
que meu difícil caminho
soubera trinar sozinho
e ser feliz no palmilhar



Laís Maria Muller Moreira
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Anônimos

Nos jardins da vida
nos andaimes do tempo
encontramos exemplo
de pessoas felizes
que carregam suas cruzes
como se fossem plumas
sem murmúrio
ou revolta alguma
apenas tomam o trajeto
que leva ao rumo direto
quem com elas se depara
nos atalhos que a vida oferece
delas recebe benesses
apoio e abnegação
raras mas existem
persistem por vielas de afeição
doam amor em maestria
abarcam o mundo
com fecundo coração



Laís Maria Muller Moreira
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Girassol

Girassóis que povoam os campos
tais raios frenéticos alvoroçados
redondos, risonhos
energéticos rostos
pescoços que se voltam
à todos os lados

Flores em sistema
tão bem definido
possuidoras de antena
que mostra o sentido
do raio solar
para em luz se banhar

Beleza amarela plantada na Terra
sorvendo a beleza de tão alta esfera



Laís Maria Muller Moreira
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Jardim de Rosas

Num jardim de rosas vivo eu
onde a paz perfumada
adentra a minha morada
trazendo renovação

de cores mil salpicadas
por luzes suavizadas
onde o crispar da brisa
cantiga meiga alisa

meus olhos se enternecem
à beleza que me oferecem
sem nada de volta querer
se todo o receber
é ao seu elo florescer

enriquecida pelos sentidos
sentir, compartir o olfato
olvido o fato
do preterir, do denegrir
se tenho as rosas
a quem mais preferir?



Laís Maria Muller Moreira
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Bons Ventos

Plácida face
vida asserena
açucena floresce
esvai-se o agreste

carinho, calma, carícia
devoção em alvitre
é a via
que assiste

algazarra em retirada
há belas flores na esplanada
é só andar e colher
amores por receber

as costas ideadas
estão à caminho do vento
que sopra à favor
é um bom tempo de amor

sonhos em matéria
a brisa sopra etérea
afetiva efetivação

novos sopros dete vento
deste verbo
que assola
o então



Laís Maria Muller Moreira
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quarta-feira, 21 de julho de 2010

Clássico

Plácido luar
tanto céu trafega
da longínqua lua
prá chegar na Terra

Clássico luar
seduz meu verbo
aduz o acerbo
em forma de luz

Flácido luar
vem e me esparrama
pensa que me engana
com sabor de céu



Laís Maria Muller Moreira
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